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sábado, 28 de abril de 2012

Fidelidade?


Fidelidade, um mito?


No processo civilizatório, as pessoas foram adestradas a manter fidelidade a uma só, por razões variadas;
O substrato burguês, com sua hipocrisia costumeira, recomenda a fidelidade apoiada pela Igreja e pelo Estado;
Mas se formos observar o histórico das relações amorosas e sexuais da humanidade, observaremos procedimentos que não obedecem as regras dos condicionamentos construídos pelo Processo civilizatório.
...”Pretende-se aqui informar, educando, olhando não só para o aspecto anatómico e biológico desse fenômeno a que alguém chamou de «A fragilidade humana quando pressionada por estímulos animalescos», mas também  para o ético, aspecto este sistematicamente  ignorado pela nossa sociedade, segundo uma visão tão neutra e objetiva quanto humanamente possível..( http://joaogil.planetaclix.pt/ps01.htm).
As sociedades coletoras-caçadoras tinham entendimento de que o sexo era algo que gerava prazer.Os tipos sexuais eram representados em esculturas e pinturas como forma de registrar momentos e preferências, além de rituais.
Era comum sacerdotes e xamãs se travestirem, numa flexibilidade ligada a rituais com cunho espiritual, como observa uma universitária da USP,Pammela,  cujo endereço de blog é http://reflexoesdehistoria.wordpress.com/.
Na Grécia antiga, sem fonte histórica, há um boato de que  havia relações homossexuais  entre os filósofos  e seus discípulos.
Partindo dessas análises, fundamentadas por pesquisas, observa-se que esse modelo (frágil) da sacralidade da fidelidade deve ser desconstruído.
Essa descontrução não serve a prosmicuidade, porque a promiscuidade gera consequências danosas a sociedade.
Quando os adultos começarem a refletir sobre a sua sexualidade e as suas escolhas sexuais, a sua descendência será  orientada e o nível de perversões sexuais tenderá a desaparecer, porque conhecido e tratado.
Tomo a fidelidade não apenas por mito,mas por construção social originada no processo civilizatório e extraio dela o que é útil num âmbito social: menos DST, menor taxa de crianças abandonadas, abortadas, menos neuroses acumuladas.
A fidelidade gera uma ética  do amor cuidado,maior tranquilidade para o casal e a prole.
Mas numa opção de descontruir a hipocrisia da fidelidade obrigatória e traduzida em sofrimento, porque tal fidelidade presta um desserviço a felicidade humana.
Se existe o sentimento amoroso e a ética de cuidar de si e dos outros, a fidelidade é bem vinda.
Mas uma fidelidade repaginada, pensada em sua essência e no que gera para o bem estar coletivo e para a sobrevivência individual.



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