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domingo, 15 de abril de 2012

A ética do Amor cuidado


A ética do amor cuidado
O modo feminino de cuidado
Porque precisamos proteger ao invés de destruir
No 7º Concurso Cultural Ler e Escrever é Preciso, do Instituto ECOFuturo, o meu aluno inscreveu sua história do “Livro Mágico”.
Cuidei para que sua memória não fosse perdida e que a sua inventividade fosse preservada para motivar os outros e as outras a criarem suas próprias histórias, a colocarem um tijolinho que fosse ao Patrimônio cultural do Brasil.
Depois, por razões políticas e de abuso de autoridade não pude continuar a lecionar na mesma turma, não me desvencilhei da ternura que esse gesto me proporcionou.
Entendi que, ao cuidar dos meus alunos para que produzam histórias, eles estão cuidando de mim, porque consideram a minha  trajetória, obedecem as minhas sugestões.
Eles e elas  constroem a minha Identidade de Profissional da Educação e seus gestos são grandiosos, pois contribuem para mim e para eles mesmos.
Não acredito na aula expositiva, onde o professor passa o conteúdo de forma inexpressiva e os alunos e alunas apenas concordam com meneios de cabeça.
Acredito em aulas vivas, onde há controvérsias, onde os alunos possam, com seu conhecimento prévio, reestruturar o conteúdo, ressignificando-o.
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E pude fazer minhas as palavras do autor João Mendes de Juazeiro do Norte:
“Sigo em busca de gestos poéticos, tenho a pretensão de eternizar as diversas coisas que o cotidiano trazem e que são deliciosas.”
A minha retórica é assim:

“...Sigo em busca de gestos poéticos,para que a beleza do efêmero não seja destruída e comungada com as almas simples e sinceras que (ainda) se alimentam do amor e da ternura.”
Para o aluno e aluna, o que eles e elas produziram tem muito significado: deve ser valorizado e divulgado.
Assim são algumas professoras e professores que encontrei pela vida afora. Ao me darem a oportunidade de me expressar,de ressiginificar, de contestar, de me expor,me deram a oportunidade de me construir com consciência de que a palavra é vida.
E que a palavra cura, conforta, destrói emata.
Palavra voando as cegas e com as asas danificadas não chega aonde se espera.

Fonte: Instituto ECO Futuro MEC 2012




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