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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Nem fobia social, nem timidez


Nem fobia social, nem timidez

“Os tímidos não herdarão o Reino dos céus”... Ap, 21,8.
Eu reluto em entrar em contato direto com as pessoas, mas não é por fobia social ou timidez. Simplesmente não confio nas pessoas como gostaria de confiar.
Tenho experiências dolorosas em confiar e ser desiludida pela falsidade de algumas pessoas, e isso é uma realidade no ambiente de trabalho.
Na Bíblia está escrito que nos últimos dias as pessoas se tornariam amantes de si mesmas, amantes da falsidade e do dolo, e francamente, em um ambiente de trabalho, onde predomina a ampla concorrência (Edital da Prefeitura de Candido Mota), não é de bom alvitre confiar nas outras pessoas.
Por outro lado, tenho um imenso amor ágape, vejo em cada pessoa uma centelha de Deus, uma promessa ou uma potencialidade, segredos escondidos em seu coração, assim, como de forma sensitiva, pressinto a maldade que mora em seu interior, como serpentes incrustadas em um coração que não aprendeu a se doar e se por a serviço.
Criatura estranha sou, ao ler a alma da pessoa, olhando em seus olhos ou observando as suas maneiras. Sou observadora e isso às vezes constrange.
Constrange, porque cai a máscara. A máscara do muro da divisibilidade social, de uma sociedade não plural, de identidades cristalizadas, de apegos a valores capitalistas que emergem.
Quando ouvi o termo “identidade cristalizada”, pensei num pote de figos com açúcar cristal e a primeira impressão foi boa. Esse é o poder das evocações verbais e de traços infantis e antropofágicos.
Mas as Identidades são representações daqueles papéis sociais que pertencem aos sujeitos sociais, relembrando a palestra do nosso amado palestrante, que esteve conosco no Salão de Atos da UNESP.
 Filho de peixe, peixinho é. O filho de uma faxineira não pode ser médico, pode ser faxineiro.
Essa assertiva é tão verdadeira quanto colocar em vacância os cargos de Diretoria nas escolas  e impedir a promoção funcional dos professores e proliferar a prática dos cargos de confiança, dando Pastas para quem não tem a capacidade necessária de gerir e transformar!
Um engodo para manter no poder os dominantes. Quanto auê que foi ascender a Presidência da República, um metalúrgico!
Eu não sou tímida, nem sou psicologicamente desequilibrada. Venho de uma família cujo traço predominante foi o cuidado e o amor e se houve reserva para aceitar pessoas é por razões de cautela e amor próprio.
Saindo da zona de conforto do meu Ego, penso que devemos ajudar os outros e ver o lado das outras pessoas até porque isso acarreta um benefício para nós mesmos.
Mas devemos ter equilíbrio, poupar a gente mesmo, nos economizarmos!
E em último caso, na roça desde os cinco anos de idade aos catorze, aprendi a ser caipira mesmo!
O caipira desconfia do vizinho o tempo todo, depois do sumiço de algumas galinhas.








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