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domingo, 26 de fevereiro de 2012

A falácia do Plano de Carreira para auto promoção eleitoreira

Desconfio cada vez mais dos políticos. Não cabe por nomes aos bois,nem citar nomes. Vou contar uma historinha da realidade, como uma fábula moderna que aconteceu em Assis.
Era uma vez uma raposa loira, de pelos  curtos que viu o poder e sentiu que era bom.

O leão, astuto, sabendo que breve iria deixar o poder, confiou a raposa um dos cargos  do reino. A raposa era inteligente e o leão confiava nela.
Os outros animais.em face de algumas transformações, como mais capim e mais sombra para a toca, resolveram creditar confiança na raposa e começou um tititi de quão boa era a raposa.
Havia alguns animais insatisfeitos, era verdade,mas a raposa os varreu para debaixo do tapete e pediu ao mago do  denário tirar o poder das mesmas,cortando na carne, tirando-lhe o sustento e o título.

Como a rainha má da história de Alice do país das maravilhas ,pediu aos desafetos que lhe cortassem a cabeça.
Assim continuou, governando a saída que lhe fora confiada e para espanto geral, conseguiu fazer algumas transformações.
Enfeitou a sua toca, derrubou paredes, ergueu outras, ornou,pintou o sete,o oito e o nove, e até, por um gesto de benevolência, enfeitou a toca das suas amadas colegas: a pulga, a girafa e a doninha.
Ficou tão animada que resolveu falar de si em uma toca pública e o avestruz ficou sabendo isso.
Nessa época, o leão já estava querendo passar o  o seu cetro para a raposa , pois era um leão ferido pelo veneno das peçonhas das cobrinhas e a língua afiada das harpias,escolhendo-a como sucessora.

O leão, afinal já tinha acumulado algum pé de meia para passar o longo e tenebroso inverno.
Os outro animais já contavam como certa essa sucessão e inclusive a raposa (que tinha parentesco forçado com as corujas)  escreveu num pergaminho que as corujas  tinham novos direitos que estava escrito como lei.
As corujas,sempre muito ferradas, festejaram as resoluções da raposa, sabedoras de que ela também fez isso para que as corujas votassem nela.

Mas a raposa perdeu o poder, pois os outros animais,com inveja das corujas,  zangados, deram com a língua nos dentes que a raposa estava fazendo alarde da possibilidade de  seu novo posto em tocas públicas e isso,pelas leis do reino ,era terrivelmente errado, conforme apregoou o avestruz, que enfia e tira a cabeça da terra quando lhe é conveniente.

Nesse ponto, a raposa, que não era boba nem nada, tinha se beneficiado do seu posto e reunido na sua toca os seus eleitores para articular os passos da sua eleição.
O leão, irado pela raposa não ter usado sua sabedoria, assinou o pergaminho , destituindo a raposa de seu cargo, virando o feitiço contra o feiticeiro e algumas corujas feridas bem que gostaram disso.
Os ratos, mais do que depressa, escreveram no pergaminho algumas coisas que tiravam das corujas o poderzinho que lhes tinha sido acrescentado.

Nunca mais o mago do denário vai  fazer a transmutação das corujas em raposas. O leão nem fez caso, a raposa não mereceu a sua confiança.
Hoje em dia, algumas corujas e raposas que se sentiram prejudicadas por essas reviravoltas, querem alterar e extinguir as alterações  que os ratos fizeram no pergaminho.
Apesar da raposa mor ter perdido um pouco o seu poder, rei morto,rei posto, ou Impossibile simul esse et non esse (Uma lei não pode existir e existir ao mesmo tempo), é difícil alterar uma lei que já foi sancionada pelo leão.
Como sou uma coruja cautelosa vou observar o desenrolar dos fatos para dar razão,seja ao leão e aos ratos,ou seja as corujas.
Nem quero virar raposa. Em alguns sonhos febris, desejo ser rato, inspirada por um vampiro brasileiro que desistiu de reinar no reino maior e vai querer mandar na toca que eu nasci e em um gato que tem dupla Identidade: Coruja e gato.

A educação é essencialmente política e as corujas,que também se transmudam em cobras,nas noites de lua cheia, também vivem quebrando as unhas umas das outras.
Não é um reino confiável,mas os ratos são a espécie mais maleável da patota e vão precisar das corujas para dar poderzinho seja a raposa ou ao avestruz ou qualquer outro bicho que queira legislar.
Vou ficar com o meu poderzinho de coruja, se a alguma raposa não me puxar o tapete.
A realidade é muito dolorosa e ao vencedor as batatas.
Creio que a raposa não conseguirá provar as uvas.






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