Hoje, apesar das turbulências dos mares nunca dantes navegados, prefiro escrever sobre um tema mais ameno.
Na realidade, não é uma amenidade, tendo em vista que a subjetividade das mulheres traz uma interferência muito grande nas relações morais dos sujeitos sociais.
Mulheres vivem competindo entre si e por causa dessa disputa chegam a ser perigosas umas para as outras.
Quando podiam se unir e tornar o mundo melhor.
O complexo do espelho se resume nisso: as mulheres não assumem os seus pontos fracos e fortes, vivem se perguntando:
“Espelho, espelho meu”...
A teoria do complexo do espelho demonstra a inveja, a falsidade, o ódio que as mulheres podem nutrir uma contra as outras de vez em quando ou de vez em sempre.
Sou uma mulher professora e vivo entre outras mulheres exercendo a sua profissão.
Umas são belas e auxiliadoras, outras são feias e destruidoras.
Outras confortam sua alma e algumas puxam o seu tapete.
Mas em todas elas está o orgulho e a tristeza de ser mulher. Vejo alegria e poder reluzindo nos olhos daquelas.
Se elas se unissem, haveria muito mais paz e harmonia no mundo.
Escrevendo, me vem a lembrança todas as vezes que foi uma mulher que me segurou a barra no detrimento da covardia de um homem.
Ali havia amor, respeito, carinho, e o bom acolhimento maternal que só uma mulher pode dar.
Meu abraço especial a uma mulher que assumiu a direção de uma casa que abrigam crianças e adolescentes em situação de risco.
Meu abraço maternal a uma mulher que eu criei que saiu de mim e está fazendo dezessete anos hoje.Uma jovem mulher.
Ao maternar aquelas pessoas, essa mulher está salvando cidadãos e cidadãs, ou de uma maneira subjetiva, salva almas da indignidade social e moral.
Tantas mulheres admiráveis.
Tantas mulheres desprezíveis.
Mulheres desprezíveis são aquelas que jogam sua cria fora ou tenta matar, para que o mundo não testemunhe o fruto de suas carnes.
Mas o Complexo do espelho atinge todas elas, em menor ou maior grau.
Talvez volte ao assunto outra hora.
Por hora, já que eu tenho muitas coisas a fazer, recomendo duas leituras, paradoxais entre si: “O mito do amor materno”, de Elizabeth Badinter e “Como ser uma mulher de Deus”, de Ginger Gabriel.
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