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domingo, 23 de maio de 2010

Sonhos roubados

SONHOS ROUBADOS






O que se questiona nesse filme, que se trata de três adolescentes que se prostituem para bancar os seus sonhos de consumo, é a alienação contida nele.

Seria possível existir como única opção esse caminho, das drogas e da prostituição para manter a sobrevivência das jovens adolescentes da classe pobre brasileira?

Em um dos momentos do filme, uma diz para outra:

__O professor faltou e não vai ter aulas.

Ao que a outra retruca:

__ Não vai sair nada mesmo dali, então porque perder tempo com essa chatice?

È uma mensagem enviesada, que coloca como opção a prostituição como única moeda de valor para que essas moças continuem a sua sobrevida.

E uma das prostitutas tem uma filha de dois anos.

O filme mostra a forma como a sociedade culta e organizada enxerga as mulheres que moram em favelas, que tem desestrutura familiar, marcadores negativos.

Aposto no papel da família para manter as coisas no lugar.

Quem tem uma família organizada, ainda que enfrente vários problemas financeiros não se perde no mundo assim tão fácil.

E o modelo educativo brasileiro, mesmo estando com problemas, ainda salva muitas vidas da prostituição, das drogas e de uma vida delituosa.

Mas o centro de todas as mudanças e escolhas é o sujeito.

Se a índole pessoal aponta para marginalização e aprecia-a, desprezando os valores da sociedade, não há o que fazer.

As igrejas estão vazias e os clubes, inferninhos, estão cheios.

As escolas estão melhorando o seu atendimento e é importante que haja essa parceria entre pais e educadores para que as classes baixas comecem a enxergar na Educação um modelo de vida que livre as meninas de terem seus sonhos roubados.

Mas quem acredita nos seus sonhos, de uma forma digna e clara, sempre vai ter opções de viver de forma saudável, sem apelar para o baixo nível da prostituição.

Uma das idéias que os gringos tem do Brasil, é como um celeiro de sexo fácil, barato e juvenil.

O livro documentário de Dimenstein trata esse assunto com propriedade.

Li-o com a idade de 16 para 17 anos de idade. E foi através dessa leitura que eu percebi como a prostituição pode ser humilhante e sem dignidade.

Por isso considero a Escola e a Família como pilares para evitar tais caminhos nas vidas das moças.

As igrejas também podem ser uma saída, desde que haja uma moralização e uma revisão nos seus valores.

A Sociedade brasileira deve se modificar e perceber que os velhos valores, educação, família e religião ainda são as bases para que a juventude não se perca.

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