“Os saberes subalternos são interpretações e práticas atuais, fundamentados em estudos pós-coloniais que se confrontam com outras práticas e interpretações dominantes. O entendimento de como os atores foram (e são) silenciados/ ignorados pela sociedade podem minimizar a cegueira conceitual docente, demonstrados pela crença de que basta formalizar o ensino, reduzindo complexidades inerentes ao processo educativo e a gestão educacional.” (Folder do Curso de Gestão, UNESP, 2010.

Nesse campo do saber, o sabor sempre está revestido do traço totalitário dos cultos, dos produtores de saber. Explico: os saberes da classe dominada só tem sentido e só passa a existir se for produto dos estudos eruditos organizados (?), ou como esclarece os autores do folder, é a sua fundamentação teórica.
O saber, enquanto entidade tem a sua existência real dentro das relações subjetivas e objetivas que se estabelecem no campo do viver.
Mas enquanto produto tem a sua existência e a sua forma depurada pelos artífices da palavra, da construção de conhecimento.
Não se fabricaram novos produtores de conhecimento, talvez porque a própria ordenação dos dominantes não permitiram.
Então, estamos sempre ancorados a Gramsci, a Foucalt, a Freud, a Derrida, e ignora-se por completo, que as formas como esses sujeitos concebiam o mundo interferem e muito nas produções de novos saberes e na inculcação ideológica afim.
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