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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Estudos

SABERES SUBALTERNOS DA SOCIEDADE E SUAS INTERSECÇÕES COM A ESCOLA


“Os saberes subalternos são interpretações e práticas atuais, fundamentados em estudos pós-coloniais que se confrontam com outras práticas e interpretações dominantes. O entendimento de como os atores foram (e são) silenciados/ ignorados pela sociedade podem minimizar a cegueira conceitual docente, demonstrados pela crença de que basta formalizar o ensino, reduzindo complexidades inerentes ao processo educativo e a gestão educacional.” (Folder do Curso de Gestão, UNESP, 2010.



A Teoria Queer e os Estudos Pós-Coloniais, também conhecidos como Saberes Subalternos, têm origem nos Estudos Culturais britânicos, ou seja, uma vertente culturalizada do marxismo ocidental especialmente influenciada pela obra de Antonio Gramsci. Incorporando fontes pós-estruturalistas como as obras de Michel Foucault e Jacques Derrida, estes saberes desenvolveram-se nas últimas décadas de forma a criar um corpus teórico-metodológico inovador que apontou a centralidade das questões "raciais" e da sexualidade nas relações de poder. Atualmente, do diálogo entre as duas  correntes surgem propostas como a da análise iterseccional que busca compreender processos inter-relacionados como os da sexualização da raça e racialização do sexo. (Miskolci et all UFSCar, 2010);



Da beirada da minha trincheira, eu cri que os saberes subalternos seriam os saberes da massa inculta e incivilizada. O foco, no entanto, é outro: tem origem, em sua gênese, nos estudos culturais britânicos na vertente culturalizada do marxismo ocidental,sob a ótica de Gramsci.

Nesse campo do saber, o sabor sempre está revestido do traço totalitário dos cultos, dos produtores de saber. Explico: os saberes da classe dominada só tem sentido e só passa a existir se for produto dos estudos eruditos organizados (?), ou como esclarece os autores do folder, é a sua fundamentação teórica.

O saber, enquanto entidade tem a sua existência real dentro das relações subjetivas e objetivas que se estabelecem no campo do viver.

Mas enquanto produto tem a sua existência e a sua forma depurada pelos artífices da palavra, da construção de conhecimento.

Não se fabricaram novos produtores de conhecimento, talvez porque a própria ordenação dos dominantes não permitiram.

Então, estamos sempre ancorados a Gramsci, a Foucalt, a Freud, a Derrida, e ignora-se por completo, que as formas como esses sujeitos concebiam o mundo interferem e muito nas produções de novos saberes e na inculcação ideológica afim.

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