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sexta-feira, 30 de abril de 2010

O desvendamento do mundo


AS CHAVES ESSENCIAIS




Porque vemos em espelho, mas veremos face a face”....




AMOR INCONDICIONAL



Vivemos no mundo e convivemos com vários tipos de pessoas. Mas Jesus nos orientou a amar todas as pessoas. O Amor é a cura, é a condição.

Projetamos nos outros aquilo que está dentro de nós.Se amarmos apesar das barreiras que se impõem ao nosso amor, criaremos a chave que abre todas as portas.




O mal é na verdade, uma grande ilusão. Se vivermos em um estado de espírito cuja concepção seja o mal e as suas formas, esse vai ser o nosso ambiente.

Um exemplo claro hoje para mim, foi rever uma pessoa que me magoou no passado, cerca de quatro anos atrás.

Hoje, como fiz a oração de perdão para essa pessoa, eu me senti bem perto dela e a achei bonita.

Não temi qualquer mal que a presença dela pudesse me trazer. O que ela me trouxe foi a consciência da responsabilidade e a dedicação que devo ter em relação ao meu trabalho.

Entendi hoje que o que ela espera de mim é que eu demonstre a capacidade de assumir o meu cargo e honrar os meus compromissos, tendo a sensibilidade necessária para entender que é das minhas mãos que sairão novas personalidades se formando em sua essência que é o de se colocar como sujeito, construindo a sua persona , o seu jeito de estar no mundo, os pilares do seu conhecimento sistematizado, o contato com as primeiras letras, o trabalho bonito da alfabetização e letramento.

Um termo que já é lugar comum e que eu vou utilizar agora é a mudança de paradigma.



VER TUDO COM A MENTE DE CRISTO



Qual é o segredo do Evangelho?

Qual é o propósito da vinda e do sacrifício de Jesus? Como explicar o Evangelho, vida nova, se para algumas pessoas tudo continua como sempre foi e até pior?

Aceitar o Evangelho de Jesus e vivê-lo em sua plenitude é assumir um novo referencial de vida.

Mas o condicionamento a qual somos submetidos coloca as barreiras para que não desfrutemos do Evangelho em sua plenitude.

O paradoxo de tudo isso é que a maioria das pessoas crê que uma vida plena é a que não traz dificuldades de ordem financeira.

Mas o verdadeiro fluir do Espírito é a beatitude e inocência dos que contemplam a Face de Deus.

Existem pessoas que mantém o corpo livre das amarras do sexo biológico sublimando o desejo sexual em atividades altruístas ou hipoteticamente altruístas.

Pensam que todos vão notar a sua cota de sacrifício e de boas ações. As pessoas verão como são piedosas;

Interiormente, porém, sabem que são uma farsa. Na realidade, são infelizes, pois não nasceram de novo.

Financeiramente, é importante que esteja tudo em ordem. Mas se existem problemas de ordem financeira, podem ser que estão ali, com um objetivo: o de moldar e treinar o caráter e servir de mola propulsora para que as pessoas realmente alcancem um estado de contemplação de Deus;

Olhai os lírios do campo, diria Jesus. Acontece que olhar os lírios do campo não é suficiente.

È olhar os lírios do campo e saber que temos um Criador que é melhor do que tudo isso, que supera. que abrange que transforma, que nos Ama assim como somos.



A FORÇA DOS CONDICIONAMENTOS MENTAIS



Recentemente, entrei em contato com um erudito,  reconhecido pela sua sabedoria acadêmica, que só conhecia por ouvir falar e pela quantidade de livros que publicou.

Em uma de suas palestras, ele contou a história de uma escrava que perdeu o filho ao ser levada de volta para o seu senhor. (“Pai e Mãe”, Machado de Assis);

O que achei curioso é que ele, apesar de todo amor que apregoa, não teve complacência a escrava e nem comentou a dureza com a qual ela foi tratada.

Apenas usou esse exemplo para mostrar a supremacia do homem e do senhor sobre a mulher e sobre a escrava.

Não sei qual foram os seus objetivos. Sei que perdeu um pouco o encanto que eu nutria por ele, pois apesar de estar situado entre um nível 4 ou 5 de Lawrence Kholberg, a sua intolerância referente a questões de gêneros não foi rompida.

Assim como seus ancestrais, a impiedade ainda é parte de seu condicionamento. Como homem, mantém a idéia da identidade cristalizada da mulher como serva do homem.

Não vou detalhar as impressões que tal relato me causou, mas a partir desse exemplo eu entrevi o quanto o condicionamento mental mantém idéias cristalizadas na cabeça das pessoas;

A contribuição desse senhor na esfera da Educação é inestimável.

Mas ele ainda tem que rever as questões referentes a gênero, e aperfeiçoar a sua visão (democrática) de mundo;

Jesus, por exemplo, sempre foi mais ameno no trato com as mulheres. Ele as amou e as ama, valorizando-as como ajudadora do homem e como líder;

Na festa de Canaã, apesar de não ser a hora de fazer milagres, Jesus obedeceu a sua mãe e fez o primeiro milagre



OS ESTÁGIOS DE KHOLBERG



Sempre me perguntei se a espécie humana é uma espécie que vai continuar evoluindo organicamente. Fisicamente, parece que chegamos ao fim das nossas características evolutivas;

A nossa evolução vai continuar no plano da nossa sensibilidade e aparato psicológico e espiritual;

Existem alguns cientistas que já estão delineando esse caminho das características psicológicas, cognitivas e sensoriais da espécie humana, pesquisando e catalogando as diferentes personalidades e os diferentes estágios pelos quais passam.

Resumidamente, as características dos estágios de Lawrence Kholberg são atinentes aos estágios morais, em que se encontra a espécie humana.

Estão subdivididas em três níveis:



Nível 1 (Pré-Convencional)

1. Orientação "punição obediência"

(Como eu posso evitar a punição?)

2. Orientação auto-interesse (ou "hedonismo instrumental")

(O que eu ganho com isso?)

Nível 2 (Convencional)

3. Acordo interpessoal e conformidade

(Normas sociais)

(Orientação "bom moço"/"boa moça")

4. Orientação "manutenção da ordem social e da autoridade"

(Moralidade "Lei e Ordem")

Nível 3 (Pós-Convencional)

5. Orientação "Contrato Social"

6. Princípios éticos universais

(Consciência principiada)





.



Nível pré-convencional

Um estágio egôcentrico, onde o indvíduo está preocupado com as consequencias dos seus atos, a medida que essas consequencias vão afetá-lo ou prejudicá-lo.

No estágio 1, a pessoa obedece literalmente as regras, para evitar o castigo.Essa pessoa tem veneração por aqueles que detém o poder social, a autoridade., poder e prestígio.

Já no estágio 2, ocorre a ação a partir dos próprios interesses, age por conveniência.Não é o foco do respeito que o influencia, mas no sentido de que se as regras forem obedecidas, através da sua obediência, terá o que busca.Entretanto, nãopode ser confundido com o estágio 5, já que as ações são puramente egoístas, são feitas para satisfazer os interesses do indivíduio.No nível convencional, as pessoas se baseiam pelo dever de obedecer as regras, sem questioná-las, porque isso é o correto, é o normativo;

Nível 3

O nível 3 é o da identidade cristalizada, o cumprimento dos papésis sociais.Atender as expectativas das pessoas de referência, ser um bom moço, uma menina boazinha;

Tal conduta está atrelada a questão dos valores, tais como Kholberg os denominava, tidos como universais.Seu ponto focal é a boa intenção, fazer o que é certo para granjear o respeito, a gratidão, e “regra de ouro”.A finalidade de todas as açôes é a de manter papéis sociais.

No estágio 4, a pessoa preocupa-se com a autoridade e a ordem social, com a manutenção do bem estar de si e do outro.

A argumentação moral nesse campo é além da aprovação individual exibida no estágio 3. A performance está de acordo com o cumprimento da ordem social, mas como considera a transcedência das necessidades individuais para cada caso em particular.

Nesse ponto, o cumprimento das regras sociais permitem atitudes do tipo “mentirinha branca” ou “jeitinho brasileiro’.

Porém, externamente, todos devem cumprir as regras para o bom funcionamento da sociedade.A maioria dos membros ativos na sociedade se mantém nesse estágio.

No estágio 5 do desenvolvimento moral, a base é a de que os seres devem obedecer as regras como um contrato social, se houver uma justificativa para tal.

Essas pessoas vivem de acordo com seus preceitos do que é certo e errado, inclusos os direitos humanos básicos.

As regras não são ditos absolutos que devem ser obedecidos sem questionamentos, podendo ser desobedecidas ou modificadas com base em justificativas universais (Fonte: Wikipedia).

O Estágio 6 é referente aos princípios universais éticos.Todas as leis e valores sociais são válidos a medida que derivam desses princípios.

Quando uma lei agride um princípio moral, ela perde a validade.É uma filosofia kantiana, que preconiza os individuos como fins e não como meios.É a ética da reciprocidade, se imaginar no lugar do outro.

Poucas pessoas se guiam por esse estágio, que é considerado por Kholberg como o mais moralmente correto.

Aparentemente, é nesse estágio que o nosso amigo da história de Machado de Assis interage.

Mas se analisarmos a postura do mesmo referente a crueldade do relato, sem comentar a violência e a submissão a que foi vítima a escrava nessa história ficctícia, podemos localizá-lo entre o estágio 2, 3 e 4, o da obediência as regras, a recompensa por fazer o que é certo, (capturar a escrava); identidade cristalizada; ( o filho da escrava não merecia sobreviver, pois ela é propriedade do seu senhor, ao passo que o filho do caçador de escravos merece sobreviver, com dignidade, oriundos do lucro que o seu pai conquistou em esforçar-se ao capturar a escrava fugida);

Nas relações de gêneros que se desenham no palco do social, são travados embates e combates, permeados por conflitos morais. Quero crer que ninguém age motivado puramente por um único estágio, de acordo com a evolução do sujeito, as ações são mescladas por orientação dos estágios em sua subjetivação, de acordo com as suas crenças;

O nó dessa fiação, dessa tecelagem é  considerar Jesus como um homem superior em sua evolução moral, por causa da sua natureza divina, conceituar o mal como uma ilusão que sai da boca do humano, (...Pois se seus olhos forem maus, quão grandes serão as trevas que inundarão o seu coração...). Finalmente também é alertar as mulheres que o que as salva da sua condição de subserviência ao poder masculino, seja ele de que natureza for, é a erudição, é o conhecimento, é o acesso a que o Professor Chafic chama de código interior.

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