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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Plano de Carreira no Magistério

A falta de Plano de Carreira

Professores reclamam da falta de Plano de carreira que seria decisivo na valorização do profissional do magistério.
Talvez isso se refira a qualidade do construto social e administrativo da profissão docente no país.
Inicialmente, dados históricos revelam que quando o magistério era praticado por homens, esses dividiam o ofício do ensino com outras atividades.
Depois, o magistério foi considerado como um ofício feminino dado a natureza do cargo.
As mulheres seriam mais dóceis e aptas para exercerem o ofício.
Werle afirma que “...hoje, a quase totalidade das pessoas que atuam no magistério são mulheres.Nas séries iniciais do Ensino Fundamental e na Educação Infantil, essa característica tem sido marcante.Este fato produz um entendimento, voz comum de que o magistério é uma profissão tipicamente feminina”. ( UNISINOS, RS).
Talvez isso se deva ao fato de que a mulher é considerada como “auxiliar” do homem na manutenção das despesas domésticas.
No entanto, expressivamente o número de mulheres a quem é entregue as despesas de casa tem aumentado.
Conclusivamente, até para aperfeiçoar as relações de trabalho e para contribuir para a soberania nacional, o Plano de Carreira no Magistério, feminizado ou não, seria essencial.
Mas esse plano deveria ser construído como um espaço crítico, aonde um colegiado de professores poderiam definir as metas e os objetivos do Plano de carreira.
O Ministro da Educação, Fernando Haddad tem um Projeto para instituir o Plano de carreira para os professores estaduais.
A APEOESP tem se manifestado contrária a essa resolução. No entanto, poderia filtrar os benefícios que essa decisão está trazendo e procurar negociar o que não ficou bom.
Porque se a APEOESP for contra todas as medidas governamentais para a Educação, o cenário educativo vai parecer uma briga de bêbados ou uma briga de loucos, onde cada um terá razão ao seu modo.
Pelo que venho observando, a classe do magistério é tão medrosa para externar a sua revolta ou o seu descontentamento, que ficam dentro de um quintal só, ciscando e ciscando, um querendo furar o olho do outro. Isso não resolve.
Estou me lembrando agora do artigo editorial de Clovis Rossi, “O vôo de galinha, na política”. (Folha de São Paulo, 07/08/09).
A guerra dos docentes é o voo de galinha, na educação. Tem também um filme chamado “A guerra das galinhas’.
Trocando em miudos, eu que sempre quis ser professora, porque eu achava que a professora mandava e era a chefe da tribo, vejo que professor não manda em nada, ele ou ela só obedece.
Na minha bovinice, vejo como tudo é relativo.
Na Educação, as aulas estão sendo adiadas ,pela maldição suína.A classe docente não pode mais fazer greve, porque greve também não adiante nada, mas os porcos gripados fazem com que os alunos fiquem dentro de casa.
Será que a Secretaria da saúde não percebe que o país está perdendo com isso?
E o Plano de carreira para os municipais, quem está pensando nisso?
Não estou livre da miséria, sendo professora.
A luta continua Lulinha.
Mas ainda são os galos que ainda batem um bolão.

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