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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

FEMINIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO



DA FEMINIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO E SUAS IMPLICAÇÕES


Ser professora atualmente é carregar nas costas todo um processo de contradições e autoritarismo representado pelo papel do Estado na vida dos indivíduos.
Talvez isso aconteça porque o magistério foi feminizado;
Depois de quatro ou cinco anos dentro de uma Universidade, se preparando para ser professora, eis que surge o novo Projeto do governo em aumentar o salário das professoras: pelo mérito e pelo tempo de serviço, bem como a sua assiduidade.
Isso sem falar naquele estágio probatório a que são submetidas as professoras atualmente ou naquele outro Projeto que vai manter a recém-formada na sala de aula, (sendo monitorada o tempo todo), pagando a ela um valor irrisório.
Tais medidas descaracterizam a Democracia e passam ao largo de qualquer tipo de respeito por parte dos docentes.
Será que perguntaram a um grupo ou colegiado formado por professores se essas medidas seriam relevantes na vida deles?Ou pelo menos colheram a aprovação ou desaprovação dos mesmos?
Em outras linhas, posso perceber que toda força de trabalho sofre esse tipo de pressão, sanção ou recompensa por parte do Estado.
Quanto mais humilde é o trabalho, maior é a humilhação.
Estudiosas dizem que é a feminização do magistério a responsável pelos baixos salários e as condições aviltantes de trabalho.
Feminizar o magistério é torná-lo um trabalho tipicamente feminino, excluindo dele poderes que o permita combater com eficiência os mecanismos de controle coercitivos usados pelo Estado para manter cada um “no seu lugar”.

E como os homens tem o poder de mando e comando, embora haja uma pseudo liberação feminina, nada mais interessante e proveitoso do que controlar, vigiar e punir.



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