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sexta-feira, 19 de junho de 2009


A melhor escolha
Hoje eu vejo São Paulo com outros olhos: Lá tem a USP, o Museu do Ipiranga, as emissoras de televisão e todas as coisas que eu poderia visitar de vez em quando. Mas eu não pude ir trabalhar lá. Reflito sobre todas as pessoas que largam sua terrinha e vão para São Paulo buscar trabalho. Se eu tivesse ido para São Paulo, o trabalho já estaria lá. Mas começar de novo em uma terra estranha, com tantas pessoas indo e vindo de um lugar para outro, metrôs, ônibus, carros. Começar uma nova vida com a minha família e com as minhas crianças que ficariam sem laço, sem lenço, nem documento. Sempre me senti pai e mãe dessas crianças. Meu marido está sempre presente, mas não tem responsabilidade de se manter em um trabalho e vive em um balãozinho. Lá em São Paulo, eu ficaria apavorada. Quando as crianças crescerem eu quero viajar e conhecer novos lugares, mas devo sempre ter o meu ponto de partida e de chegada também. Sou uma mulher caseira, que gosta de estabilidade e os desafios apresentam-se para mim como uma grande ilusão. Gosto de estudar linguagens e filosofia, mas protegendo minhas crias. Ter uma família é o presente mais precioso que se tem. São Paulo perdeu.As minhas crianças ganharam. Por um lado, perdemos o conforto material que teríamos se eu continuasse a receber o salário da Secretaria de Estado da Educação. Mas o amor venceu.
E amor eu entendo por não ir para São Paulo oferecendo para as crianças uma vida de solidão e sofrimentos,mais longe ainda de tudo o que elas conhecem e preservar um canto que desejo fazer meu.
Sou uma árvore que tem raízes.
Criar raízes em São Paulo não tem condições, a terra é pantanosa.
Deus proverá o que faltou.
Amém.


The best choice
São Paulo today I see with different eyes: Here is the USP, the Museum of Ipiranga, the broadcast television and all things that I could visit from time to time.
But I could not go to work there.
Think about all the people who drop their land and go to Sao Paulo seeking work.
If I had gone to Sao Paulo, the job would be there.
But starting over in a strange land, with many people coming and going from one place to another, subways, buses, cars.
Start a new life with my family and my children would be without family, without handkerchief or paper.
Whenever I felt father and mother of these children. My husband is always present, but has no responsibility.
Here in São Paulo, I would be scared.
When children grow up I want to travel and visit new places, but I always have my point of departure and arrival as well.
I am a homely woman who likes stability and challenges present themselves to me as a great illusion.
I like studying languages and philosophy, but protecting my kids.
Having a family is this which is most precious.
Sao Paulo won lost .As my children. On the one hand, we lose the material comfort that if I would continue to receive the salary of the Secretary of Education.
But love won.

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