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sábado, 20 de junho de 2009

As mulheres e a violência

AS MULHERES E A VIOLÊNCIA

Falar sobre mulheres e violência, para mim, é uma categoria revisitada.Entre tantos assuntos que poderia pesquisar essa questão é a que mais me salta aos olhos, que desperta a minha atenção.

Antigamente, não conseguia definir o objeto do meu interesse em pesquisa e nem conseguiria falar sobre o fato de escolher um assunto tão polêmico que é falar sobre as minorias: o negro, a mulher, a criança e o homossexual. Entendam-se minorias do ponto de vista sociológico e antropológico.

Hoje sei que é por que eu vejo a Sociedade civil organizada com padrões que não seriam o ideal. E que a função do educador enquanto está ativo é refletir e proporcionar novas formas de pensar a realidade e se possível, transformá-la.

Essa violência às vezes é tão sutil que nem parece violência.

Sempre me perguntei a razão sobre as quais se apóiam os superiores hierárquicos das professoras para silenciá-las, desautorizá-las, difamá-las.

Hoje sei que é parte do sistema em desautorizar as mulheres e podar as iniciativas das mesmas e mantê-las nessa redoma em que são mais controláveis e maleáveis.

Quando eu disse para a Ana, Professora de pesquisa que eu queria trabalhar com as minorias, ela me disse que tais assuntos não atraem membros ou aprovação da Comunidade científica com mais facilidade do que se eu fosse pesquisar o desenvolvimento da criança sob a ótica piagetiana, por exemplo.

A FAPESP e a CNPQ não tem interesse sobre assuntos envolvendo gênero e sexualidade.

E entre outras palavras, desencorajou-me já que o estudante sempre quer a aprovação do seu professor ou professora.

Mas eu mantive firme a minha escolha e apresentei um Pré projeto de pesquisa concentrado nessa linha. “A mulher na sociedade de classes e a dupla jornada “.

Ao pesquisar o site da Scielo , encontrei tão poucas referencias sobre o assunto que eu tirei a prova do que haviam me falado.

Havia professoras interessadas e queriam fazer um grupo de pesquisas sobre o assunto. Ingressei nesse grupo, participei de reuniões sobre, mas os meus problemas particulares me desviavam do assunto e eu considerava que havia pouca articulação e pouca garra.

Troquei de grupo de pesquisa e foi até ai que eu entrei em contato com Habermas, Heidegger, Nietzsche, Kolbherg, etc.

Mas não fiz nesse grupo o que eu queria fazer.

Até hoje me encontro amadurecendo a idéia e sinto que não acabou. Os caminhos são difíceis e dolorosos.Mas um dia, eu estarei lá onde eu quero estar, fazendo pesquisa sobre gênero e sexualidade.

Mas a meta que eu quero atingir já está mais delineada.

O meu objeto de pesquisa já está pronto.

E quando eu estiver pronta, tudo se fará realidade.

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