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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Amor mata e a Novela da Globo

Releitura de uma reportagem de Sérgio Vieira- Jornal Voz da terra

Artigo de opinião

Amor mata e a Novela da Globo

Não há que se por culpa na novela da Globo o que acontece na novela da vida.Mas existem exemplos que são imitados por condicionamento do telespectador ou por que essas coisas são assim mesmo.

Esse rapaz de 32 anos que foi assassinado com um golpe de machado no dia 17 de Maio tinha um relacionamento amoroso com a filha de sua amásia.

No folhetim “Caminho das Indias” existe essa relação: o bonitão que namorava a filha agora namora a mãe; Coisas absurdas desse tipo.

Essa relação na ficção só existiu para valorizar a mulher mais velha, caprichos que só essa emissora pode se dar ao luxo.

Na vida real, é um safado que casa ou se ajunta com a mãe, de olho na filha. Lares são compostos assim e tem gente que se permite ter esse triângulo amoroso meio que incestuoso.

Curiosa como sempre, pesquisei até em sites pouco recomendáveis e li que existem pessoas que aprovam esse relacionamento e até participa dele.

O problema é que no campo da antropologia existem variantes desse procedimento.

Os seres humanos são animais racionais que tem comportamentos biológicos que o construto sócio histórico não aprova.

Simples assim.

Eu posso me dar conta que até o amor é uma construção sócio- histórica e que ódio, vingança, paixão desenfreada respondem por outro nome: a preservação do território.

Posso dizer que são duas fêmeas disputando um macho.

E que o amor, tão decantado em prosa e verso simplesmente não existe.

E que as mulheres, tão desprovidas de direitos e sobrecarregada de deveres, não pode ver nem o espaço de ter sua conduta comentada sem que haja uma referência ao comportamento do macho: “ O homem mata para reafirmar seu machismo. O parceiro que mata a parceira não suporta um mínimo de liberdade, de autonomia ou individualidade da companheira.”

E a senhora que matou o seu companheiro, trazendo sobre a sua vida todas as desgraças que podem atingir o gênero feminino tinha o mesmo construto.

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