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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Gênero e subjetivação: interface do feminino


Gênero e subjetivação: interfaces do feminino

Carol Gilligan, filósofa e  feminista,traduziu bem em seus escritos que, por força dos condicionantes que fazem parte da subjetivação do sexo feminino, a ética do cuidado é a primeira marca que se instala no nosso fazer pela vida afora.
No entanto, Badinter pontua que o amor materno é um mito construído pelas práticas inculcadas na nossa gênese como meninas e mulheres.
Em tempos contemporâneos, a quantidade de crianças abandonadas ou jogadas é uma crescente.
Isso quando filhos e filhas de pai e de mãe separados servem de munição para brigas movidas a apropriação financeira ou ciúmes recolhidos, restos de um amor maldito, que não poder ser, mas continua ali, movido pelo choque da presença do outro com sua nova aquisição afetiva.
Observa-se que amores nunca terminam, apenas mudam de forma, acrescentando-se que esses formatos variam de acordo com as contingências e as variáveis que se sucedem posteriormente a separação.
O amor materno, da mulher abandonada ou traída é um amor que beira ao ódio pela cria, pois nos traços infantis, misturados aos seus estão os traços do infiel.
Quanto ao homem,não se reconhece na cria, pois o que lhe interessa é investir na   relação nova e o que lhe traz de prazer e sabor.Filhos salvo raras exceções, ficam como fardos a carregar, obrigatório por ter comprometimento financeiro , pagar a pensão alimentícia.
Torna-se importante pesquisar a respeito das subjetivações que provém das práticas femininas em relação aos seus filhos e companheiros pois ao trabalhar com Educação, deve-se ter o conhecimento de comportamentos previsíveis pelo histórico apresentado pela mãe e pela criança.
Questionando, com espírito crítico e reflexivo, contribui-se para a construção do paradigma emergente,onde se espera que a configuração do feminino e seus papéis sociais estejam libertos de dogmatismos religiosos,mitos e outras construções que não edificam.
Mais sobre paradigma emergente, consulte:


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