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sábado, 17 de março de 2012

A árvore do conhecimento: conhecendo o conhecer

Comentários gerais




Muito belo esse livro que começa com a citação bíblica simbólica de Isaías,que recomenda  alargar as dimensões da tenda, onde  sobressai a orientação de que devemos ampliar a nossa compreensão dos fenômenos sociais e de nossos limites sensoriais e psicológicos.
Conhecer o conhecer, refletir, buscar a essência de nossa condição humana, a autoconsciência, a relação com o outro.
A espécie humana já chegou ao espaço, mas o seu interior, a sua essência é desconhecida. Há um conhecimento submerso, por baixo da racionalidade.
A Globalização permite a todos que estejam conectados e se comuniquem mas as convenções da tradição baseadas no preconceito, ao desamor, a não aceitação do outro coloca barreiras nessa comunicação.
Mas ao ler Maturana e Varella, tenho eu mesma de lutar contra a minha alienação, a minha crença condicionamento da banalidade da barbárie e da maldade.
Como crítica, devo mencionar que os autores insistem na ideia (estranha)  de que o ser humano tem “profundos sentimentos de solidariedade para com qualquer (outro)ser humano”.
Voltar a essa ideia é recordar Rogers e Rosseau, o que não me é permitido fazê-lo, de acordo com as  calosidades adquiridas no exercício da minha profissão;

Minha característica é pensar e pensar o pensamento, conhecer o conhecimento, alargar as estacas da minha tenda.
Em um direito conquistado recentemente, minha voz pode ser ouvida e o meu pensamento respeitado em alguns círculos.
Saindo da minha tessitura ególatra, posso aproximar essa leitura de Maturana e Varella  de uma base bíblica, onde ver e aceitar o outro,amá-lo de fato,é a pedra angular da preservação da espécie .

Talvez seja  encontrar Jesus e o seu mandamento principal: “Amai-vos uns aos outros “, numa busca científica que se esgotou em si mesma.
Uma alternativa de um ethos científico descontrolado,que gerou barbárie, fome,dor ,revolta, segregação, a deusa Ideologia e toda dor.

É um encontro. O primeiro deles, talvez.
Garantia eterna que se a Ciência busca o amor, busca também Deus.
É aquela filha ou filho que brada aos quatro ventos a sua superioridade e liberdade,mas que ensinamos a andar e que ainda precisa da sua figurada xícara de chá materno ou paterna.
Eu, desiludida, volto a pensar a ideia teológica do encontro... Saboroso?Apocalíptico?






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