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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Tolinha

O apoio que a Presidenta Dilma, (pela sua postura de fazer a Faxina no DNIT),  está tendo de alguma parte da população,  não está fundamentado, como nos afirma Igor Gielow, em acreditar que ela é 100% ética e moral, numa metáfora doméstica.
Todos e todas estamos carecas de saber que as relações de figuras públicas e políticas, perspassam e estão contaminadas por interesses escusos e ninguém pode atirar a primeira pedra.
A maioria  tem telhado de vidro e acreditamos mesmo que a pescaria é seletiva, tipo coisa para "inglês ver", como nos tempos em que a escravidão começou a ser abolida, (pois ficava mais caro ter um escravo)  e a Inglaterra, hipocritamente, começou a apoiar as políticas anti-escravistas.Já é alguma coisa.
Tudo é imagem e a imagem tem que ser vendida, mas a Presidenta deixa, na história desse país, atos heróicos que enchem de orgulho as mulheres conscientes de seu poder e de sua  limitação.
Dilma não manda sozinha e a faxina pode até prejudicá-la do ponto de vista político, pois , imagino que as bases aliadas e partidárias vão puxar as rédeas do seu Poder no devido tempo.
Lembremos que se Dilma não quiser se  fazer por si própria e continuar atrelada ao padrinho Lula ela vai dançar conforme manda a música da Base partidária.
Talvez por isso, Marina se desfiliou do PV.
Na verdade, esse termo "faxina", já está comprometido com uma imagem de mulher dona de casa: faxina, metáfora "doméstica", e outros termos que reduzem a mulher a sua condição de subjugação e inferioridade.
Inclusive, o nosso ilustre Ferreira Gullar, escreveu na Ilustrada que o Brasil ... não tem presidente.
Já é tempo de situar a figura feminina em outro patamar e libertá-la dessas correntes sexistas.
Entre essas e outras, esse é o Brasil.
Caminhando e evoluindo , deixando para trás os preconceitos de Gênero e colocando a palavra feminina dentro de uma perspectiva certa.
Ao apoiar Dilma não estou sendo tolinha.
Apoio-a, como cidadã consciente do seu voto, por duas coisas: ela é uma mulher que pensa e ela tem coragem.



5 comentários:

Anônimo disse...

Sua presidente( que minha ela não é), só está 'jogando pra galera'e isso porque as coisas no ministério dos transportes passou de todos os limites. Esperar que ela vá se dissociar do titereiro dela é bobagem, sem ele, ela despenca. Se há coragem nesta mulher, eu gostaria de obter indícios. E quanto a sua condição de primeira presidente mulher deztepaiz, vejo como motivo de...melhor calar.
Solenes desculpas se pareço muito hostil, mas essa cambada me tira do sério.

Patrícia Rodrigues Ruiz disse...

Deixa eu molhar o bico: A coragem a que me refiro é a de se expor dessa maneira representando um papel no palco da vida, e se vc dar uma olhada na historiografia da mulher brasileira, verá o salto no contexto de lutas femininas ter uma mulher ocupando um cargo de Presidente.Quanto a vc, eu só poderia esperar essa reação, já que vc é a mais cética dos céticos.

Anônimo disse...

O contexto das lutas femininas só tem a perder com Dilma como presidente, pois aí justamente está o problema: ela não chegou onde chegou dando a cara pra bater, indo á luta de peito aberto; chegou lá servindo de tapa-buraco temporário. E isso, cara mia, não nos dá relevância, em nossa condição de mulheres lutando por, não diria igualdade, mas equiparação.Se fosse para depender do papel dela nessa coisa toda, estaríamos f...
Novamente, sorry, pela veemência.
PS: o caso aqui não é de ceticismo, é de pragmatismo.

Anônimo disse...

Então o que vamos fazer diante de tudo isso? O nosso papel é o de se iludir, querendo crer que houve emancipação feminina e desacreditando até de Marina Silva, pois o poder sobe a cabeça e está tudo dominado.kkkkkkk

Anônimo disse...

Corrigindo: o de nos iludirmos.