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segunda-feira, 25 de julho de 2011

A menina que caminhou para a Morte






A menina que caminhou para a morte

Ao ler sobre a morte de Amy Winehouse, eu fico um pouco revoltada.
Porque ninguém impediu a sua morte?
Sua mãe diz que sua morte era inevitável.
Como assim?
Rehab traduzida mostra que ela não queria ser internada.
Mas alguém, nas condições de Amy, teria opções entre o certo e o errado?
Internam e pronto.
A não ser, conhecendo a Natureza humana do jeito que eu conheço, se houvesse pessoas interessadas na sua morte, para ficar com o seu patrimônio pessoal, inclusive um disco que não chegou a ser gravado, porque tinha muito de reggae e pouco de soul.
O dinheiro enlouquece as pessoas.
Ao olhar para Amy, eu vejo uma menina, como muitas outras, aos cinqüenta, aos setenta, ainda tentam fazer aquilo que só faz uma menina “boazinha”.
Talvez, a falecida quisesse se libertar dessa condição. Talvez achasse que sendo uma celebridade, poderia fazer o que quisesse fazer.
E o seu pai, que iria lançar um disco a custas do sucesso da filha, cancelou o show, quando foi comunicado da morte da filha.
E tinha alguém lá, quando ela realmente precisou de alguém para ampará-la?
Amy não sabia o que fazia.
As pessoas que a cercavam também não.
Caminhou para a morte, a passos largos, se envolvendo com drogas ilícitas e se deteriorando com voracidade.
Era uma alma atormentada, a procura de Paz.
Ao olhar para Amy, lembro-me de Dri, cujo apelido é trocado, para preservar a Identidade.
Dri pinta os olhos como Amy, talvez seja o seu ídolo.
Dri tem rompantes de rebeldia, como toda adolescente, seu raciocínio rápido e atordoante, faz com que ela descubra soluções para os problemas na sala de aula.
Vai, inclusive, na escola, com os olhos pintados como Amy, canta o tempo todo, com uma voz abençoada e talentosa.
Perguntei a Dri  se ela não queria se arriscar, tentar participar de um Concurso musical.
Mas ela não me deu resposta e ficou pensativa, talvez tentando atribuir valor a sua voz, magnífica, e pensando o que poderia fazer a respeito.
Insegura, como todo jovem.
Mas Dri trabalha na escola, está estudando, se preparando para o futuro, de uma forma correta.
Amy não gostava da escola.
Dri  gosta e lida com crianças.
Ente uma menina e outra, que pintam os olhos a mesma maneira, há uma diferença: a formação que seus pais dão.
Dri, com toda a confusão e revoltas, típicas de adolescente, com alguns conflitos com a mãe, que não deixa ela fazer tudo o que quer, caminha para a vida. A vida plena, de significados, que vai lhe assegurar uma profissão, para sua sobrevivência.
Amy caminhou para a morte.
Ganhou mais dinheiro do que pode, não soube nem o que fazer com o dinheiro que ganhou e se suicidou.
Uma menina que se esqueceu de crescer e a morte tragou.
A quem é atribuída a responsabilidade?







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