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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Carta a Dilma Roussef

Uma carta para Dilma






Povo educado é um povo feliz. É com essa frase que eu quero iniciar essa missiva, escrita no teclado de um computador.

Talvez não se deva dar a ela a importância que teve a carta de Pero Vaz de Caminha, avisando ao rei de Portugal sobre as condições climáticas e físicas que compunham o território brasileiro.(Pouca modéstia).

Mas, penso eu, é uma carta que vem do fruto desses arranjos da terra do El Rei com os amigos nativos que residiam por cá, que houve por bem chamá-los índios, eternizando a confusão que nosso descobridor cometeu, achando ter chegado as Índias. E também é um fruto que veio das carnes africanas, rijas e lustrosas das quais se arrancou a última gota de sangue e de suor.

Enfim, essa carta é de uma brasileira.

Brasileira que tem na sua arvore genealógica desconhecida influências territoriais e culturais que foram unidas pelo afeto da carne.

O que eu quero dizer a ti, primeira presidenta do Brasil é que cada povo merece o governante que tem.

E que o seu antecessor, Luis Inácio é fruto dessas conexões étnico raciais, do qual se fala nunca deu muita importância aos bancos escolares, preferindo aprender por si mesmo, as lindas e frutíferas lições que lhe ensinou a escola da vida, deixando um legado de prosperidade a cada brasileiro que crê na sua própria possibilidade e potencialidade.Lula se basta por si.

Precisamos de um governo que governe para as pessoas e não para os objetos e os construtos que elas fazem.

O sistema do capitalismo selvagem coisifica o homem e mulher, tirando deles a sua essência humana, negando-lhes a possibilidade de ter e de ser.

Esse governo não queremos mais.

E não adianta o Serra, Lobo Mau vestido de vovozinha, querer ser cordeirinho em pele de lobo, porque nós professores, sabemos as maldades que ele cometeu contra nós.

E talvez da estirpe dele seja o Paulo Renato (PSDB) que me demitiu alegando um abandono de cargo fictício, me deixando desempregada com quatro filhos para criar, morando em casa de aluguel.

Tudo isso porque eu me recusei a ir para São Paulo, deixando o meu querido interior, abandonando os meus filhos nascidos entregue a própria sorte e deixando o bebê que eu esperava sem pai.

Porque ninguém pode duvidar que os homens, pela sua volubilidade, logo arrumam outra, se a titular vai embora.

Como se vê, dificuldades de foro intimo me impediram de assumir a minha sala de aula, duramente conquistada, através de um concurso público, e fui cortada do quadro de Magistério Paulista, como se não fosse pessoa, muito menos mulher e bem menos mãe.

Eu não quero esse governo que governa para as coisas e nunca para as pessoas.

Não é dizer que os brasileiros precisam de um pai e de uma mãe, como diz o nosso amigo Lula.

Mas é quase isso. Nós precisamos de governantes amigos que entendam as nossas necessidades e que tenha a capacidade de dar uma banana para o Tio Sam, quando ele nos chamar de macacos.

Ter coragem de pagar a dívida externa, considerada impagável e de fazer pessoas como eu e como você ver a infinita beleza da alma humana, e resgatar as nossas potencialidades e transformá-las em coisas reais.

Ao fazer de você a primeira presidenta do Brasil, estou rompendo com o ranço da inferioridade social e moral da mulher brasileira.

E dando-lhe crédito.

Sim me preocupa a possibilidade do Roussef em sua alma sobressair acima da sua brasilidade.

Isso não é ofender a sua memória estrangeira, mas sim de enaltecê-la.

Não sei ao certo se é complexo de vira-latas, como diria Nelson Rodrigues, ou se é o encontro das culturas, as mais evoluídas triunfando ,existe esse modo do brasileiro de não honrar as suas origens, seu patrimônio histórico cultural e de entregar o ouro, assim, como os aborígenes, em troca de quinquilharias, darem aos colonizadores ouro puro e receber bijouterias.

Está na hora de sermos brasileiros.

Achei interessante uma revista (Caras ) abordar as raízes italianas da esposa de Lula, como se não bastasse a ele, Lula, filho do Brasil, ser como ele é e sendo como ele é, colocar o Brasil onde colocou.

Mais interessante ainda é a oposição dizer que Lula continuou um trabalho de FHC, dando a FHC os louros da vitória lulista.

Mas como diz Machado de Assis, ao vencedor, as batatas.

Essas batatas são do Lula. E ele está passando a você, meio assim, quentes.

Nós, brasileiros e brasileiras, acreditamos em você.
A questão da concepção se resolve com informação. Prevenir, não abortar.
Engraçado como o conceito de doença é pensado antes do conceito de saúde.Como o conceito do aborto é pensado antes do conceito da prevenção da gravidez não planejada.
Como planejaremos e porque.
Aborto é deseducação.








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