PAIXÃO POR CHOCOLATE
Hoje, eu comprei um chocolate Prestígio. Na verdade, eu queria levar uns vinte chocolates. È numa lojinha que vende doces a preço de fábrica . Todos os dias, os proprietários me cumprimentam. Já gastei uma grana legal lá, comprando chocolates. Ainda bem que não sou adolescente. O meu rosto iria ficar cheio de espinhas.
Depois de todos os assuntos pesados da semana, como pedofilia na igreja Católica falar de coisas tolas e boas faz bem.
Ultimamente, eu ando muito melosa. Deve ser o efeito chocolate. Eu quero terminar de escrever o meu livro, “Espelhos”. Fui reler o livro e me espantei com a quantidade de dramas que existe nele em 14 capítulos. Novela da Globo perde.
Surpreendi-me com a capacidade de escrever coisas cruéis e tocantes, mas atualmente eu quero falar de coisas amenas.
Esse é o efeito Chalita.
O Chalita é árabe. Ou descendente de. Os ascendentes de Chalita tratam muito mal as suas mulheres. Como escravas. Talvez seja por isso que o referido professor, vereador e amigo do Padre Fábio de Mello, contou em sua palestra a história de uma escrava que perdeu o seu filho, num conto de Machado de Assis, “Pai contra mãe”.
Aí ele falou que a escrava perdeu o filho, e quando o feitor voltou a farmácia buscar a criança que tinha deixado para ir capturar a escrava, o final ele deixaria para a gente terminar de ler o livro. Que isso ele aprendeu com uma professora.
Então eu imaginei que o final seria o feitor também perder o seu filho, mas nada disso. O feitor recuperou o seu filho e ainda ficou muito rico. Enquanto a escrava perdeu o seu filho numa hemorragia violenta e virou escrava de novo. Fiquei com uma baita raiva.
Dor no meio de uma atmosfera de acolhimento e amor.Dor feminina.
Estava lendo o livro “Educar em amor” e o livro “Cartas entre amigos”e me questionei se um doutor em semiótica e filósofo tem a capacidade de tratar de assuntos como o amor e romantismo, e se realmente ele acredita nisso ou se é só para encher lingüiça e encantar a muguegada.
Homens! Bah!
Falando em homens, tem um cronista na Folha de São Paulo que deve estar com encosto. Só fala de coisas ruins, faltando apregoar o nazismo latente na natureza humana.
Mas no fundo, todos nós somos comida de verme. E isso eu encontro na Fábula de Monteiro Lobato, “O gato vaidoso”.
Voltarei ao chocolate, quero ser criança esperando um dia encontrar uma casa de doces como na história de João e Maria;
Mas no lugar da bruxa má, uma diretora de escola boazinha ou uma fada que me realize três desejos: chocolate, livros e flores.
Hoje eu estou falando pelos cotovelos e só coisas tolas. Regredi a infância.
E por falar em paixão, eu tenho a mania de dizer que sou apaixonada por tudo ou quase tudo e as pessoas me interpretam mal.
Sou apaixonada por chocolates, xícaras de chá, miojo, poesias, teatro , banhos quentes, óleo de avelã da Natura, sabonete de chocolate da Racco, o time de futebol Santos, as crianças do meu Brasil varonil, roupas brancas, livros , telefone, orações, Internet e muitas outras cositas mas.
Sou apaixonada pelos meus filhos, o Arthur, meu bebê.
E encerro com uma citação de Rousseau, embora eu não acredito muito nessa história romântica de homem como um ser bom.
(qual é o sentido dessa postagem?Será que é hora do chá do Chapeleiro maluco?)
Acho que se eu não me cuidar, eu vou ser o próximo almoço de um canibal ou uma canibal da Educação:
“Viver é o ofício que eu quero lhe ensinar, saindo das minhas mãos; Ele não será, portanto, nem soldado, nem magistrado, nem juiz, nem padre. Ele será, primeiramente, um homem.”
Homens, homens, bah e bah!
Quero chocolate!
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