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terça-feira, 27 de abril de 2010

Cotidiano amargo

HOJE ESTOU TRISTE...




Hoje estou triste, dessa tristeza que a gente sente ao lembrar que por mais que tentemos ver no mundo uma esperança e um raio de luz, ela sucumbe a maldade dos que não esperam em Deus.

Lembro-me de uma menina, tão querida e que conheci recentemente. Como todas as meninas, ela sonhava um príncipe encantado.

Conheceu o amor e desencantou-se rapidamente. Hoje, está no Hospital, internada e perdeu o bebê que esperava.

Não quero me detalhar nessa perda, o que sei é que o mundo é mais cruel do que possa conceber e também não quero pensar o que essa perda realmente significou.

O mundo é muito cruel para as meninas.

Mas me deixou triste de verdade. Gostaria de estar ao seu lado, dar-lhe o meu abraço e lhe confortar, tentando aliviar a dor que tudo isso deixou na sua alma.

O que me deixou também muito triste foram as críticas do Blog do Reinaldo de Azevedo em relação a esse professor que semeia a paz, o amor e a compreensão entre os educadores e os educandos.

Colhi ali também um comentário de minha irmã e percebi a distância que há entre o meu modo de pensar e sentir e o modo de pensar e sentir dela.

Para que tanta amargura? O mundo já não é triste o suficiente?

Fomos geradas na mesma mãe e somos o oposto uma da outra.

Eu trabalho na Educação e acredito na educação;

Ela não quer nem passar perto de uma sala de aula. o período de estágio presencial para ela foi o sofrimento maior de todos os momentos no Curso de Geografia;

Por um lado e isso me deixa triste, ela não deixa de ter razão.

No meu caso, o Secretário da Educação não quis considerar essa parte do sacrifício, a impossibilidade de eu me deslocar para São Paulo e me destruiu um pouco.

Sinto-me vítima de um processo de bulying e considero que tal afronta a dignidade humana não é só entre alunos.
Sempre acreditei que ser professor romperia com esse modelo  maldito do sistema que coisifica as coisas e as pessoas e as escraviza.
Mas ser professor é entrar em contato com os mecanismos desse processo de exclusão, do afunilamento das oportunidades respeitando as regras do jogo sujo, a tucanagem perversa , propagando uma pseudo inclusão e uma pseudo democracia que na realidade não existe.
No meu processo de renascimento, encontro críticas ao trabalho de gente que acredita em valores universais tidos como bons e prega a Paz.

Em que acreditar? No que se apegar?

Espero que eu não possa perder as esperanças de acreditar que o mundo possa ser realmente melhor.
Vou lutar com as armas que  eu tenho e ignorar a maledicência.

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