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sábado, 13 de março de 2010

Um sistema fadado ao fracasso




Estou me cansando de falar de educação e inclusive de trabalhar na Educação.Percebo uma grande falácia em tudo o que envolve o assunto da educação, inclusive em questões de planos de ensino.

A presença de alunos com deficiência mental leve a moderada com casos extremos de violência doméstica tem perturbado a rotina da sala de aula.

Não é preciso ignorar o que esses jovens trazem e nem imaginar que estão sendo bodes expiatórios.

Uma criança que recebe uma educação baseada no desamor e na violência é um perigo em potencial.

Como a criança aos seis, sete anos de idade está naquela fase de espelho, tudo o que vê é repetido.

Uma criança que age com procedimentos de violência extrema vai ser a exceção que se transformará em regra..

Indira Ghandi dizia que se um homem chega ao extremo do seu amor, todos os outros sentirão com ele a extremidade de seu sentimento.

Eu acredito que as más influências, o comportamento desregrado de um aluno contamina os demais.

E isso não tem nada a ver com metodologias e posturas do docente, que via de regra, é encostado na parede e acaba sendo prejudicado.



Trabalho com o concreto



È muito bonito falar que uma criança do primeiro ano trabalha com o concreto, aprende com o concreto.

Fazendo uma piadinha de humor negro, o concreto para um aluno pobre, é o cimento que ele vai jogar na parede construindo as casas de concreto para os burgueses morar, como “oreia seca”, ou servente de pedreiro, enquanto ele morará mal e com dificuldades de pagar o aluguel.



O Alfabeto móvel, a ficha de nomes e a coordenadora pedagógica



A coordenadora pedagógica da escola x quis implantar o sistema de ensino da escola particular onde seu filho está matriculado em uma sala de aula de escola pública com alunos com históricos de gente sofrida, envolvidos numa pendenga jurídica para conquistar o direito de estudar ali.

Fez crachás de EVA para pendurar e crachás de mesa. Não duraram inteiros dois dias.

Anteriormente, tinham sido providenciados crachás de papel cartão  que as crianças perderam.
O Alfabeto móvel estava dentro de enevelopes e as crianças mostrara, pouca concentração para formar palavras. Comportamento que iria ser conseguido com paciência e tempo.
As carteiras dispostas em grupo de quatro ( orientação da coordenadora) também foram desarrumadas pela própria diretora com um pretexto de que as crianças teriam dificuldades de enxergar na lousa, colocadas enfileiradas como o tradicional.

Observei tudo isso, deixei invadirem o meu espaço, escreverem na minha lousa, com a pretensão de me ensinar a dar aulas.

Eu sabia o tempo todo que isso era inútil e que elas estavam apenas contribuindo para que as crianças perdessem o pouco de respeito que tinham por mim.Me desautorizando.



Metodologia de Ensino



Na primeira sondagem, as crianças não escreveram nada. Talvez com medo da professora nova.

Um mês depois, escreveram bem, e o que se diagnosticou que tem umas no pré silábico e outras no silábico.

Quem fez a sondagem foi a maravilhosa coordenadora pedagógica, no exercício da sua desautorização da professora.

Esses níveis são suspeitos e merecem uma revisada.Vamos a eles:



Iconográfico é quando uma criança escreve só com uma letra, garatuja é quando fazem bolinas e risquinhos e pré silábico é quando usa um monte de letras para escrever uma palavra.

Só isso já dá um angu de caroço, pois não podem rotular crianças num mesmo nível se elas apresentam registros diferentes, como comumente fazem.

Depois sou eu que não sei alfabetizar.

E Lourdes Rodelling, (segundo ela) que só trabalhou no Jardim II e Jardim III o que entende de alfabetização?

Para ela, é o lúdico, o concreto.

Mas o lúdico e o concreto também estavam sendo usados. E escrever, grafar letras também.

Longe de mim falar como as antecessoras de Ferrero,( que na minha modesta opinião, apesar dos avanços que trouxe, era apenas uma espanhola metida) , que a letra com El sangre se entra.

Capovilla e Capovilla mostraram com muita propriedade que ... a implantação equivocada do construtivismo e suas más interpretações tem formado alfabetos funcionais... sobre a tácita aprovação do MEC.

Mas se a crianças não escreve, não grafa as letras, como aprenderá a escrever?

Bem tinha sido essa a opinião da diretora, mas na presença da supervisora, ela mudou de opinião bem depressa.

Ah, os descaminhos da Educação ....

Se ferrar é preciso.

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