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sábado, 13 de junho de 2009

Artigos Científicos Podres

Todas as coisas que existem tem o seu devido preço, e isso todo mundo sabe. Mas o mundo acadêmico também tem as suas podridões.
Quando eu queria fazer pesquisa na Faculdade, escolhia assuntos que não estavam na pauta e nem seria interessante para a FAPESP ou a CNPQ.
Queria falar sobre gênero e sexualidade, falar sobre a opressão das "minorias", a mulher, o negro, a criança.
As Professoras queriam que eu escolhesse o desenvolvimento da criança sob a ótica de Piaget ou outro autor famoso ou um assunto que tivesse prestígio junto à comunidade acadêmica;
Queria falar sobre algo que tivesse importância para mim, mas perecebi logo que a democracia apregoada na Universidade era uma pseudo democracia.
Hoje, lendo sobre um artigo falso que foi aprovado em uma importante instituição inglesa, a vergonha foi tanta que gerou até demissão , reflito sobre
os lugares comuns da sociedade, em suas instituições sócio historicamente construídas com seus valores e regras, me pergunto: Por quê tudo tem pé de barro?
Tudo tem seu preço, em dinheiro, em espécie.
Nada escapa a essa condição. Creio que isso é desanimador, já que no meu Curriculum Lattes não tem nenhuma referência bibliográfica minha.
E provavelmente não terá.
Quando, por exemplo, os recursos públicos da Lei Rouanet foi negada a Caetano Veloso, houve intervenção do Juca, que tem prestígio e poder. (?).
Se ele conseguiu um patrocínio de um milhão para Bethânia, quanto será que conseguirá para Caetano?
Esses dois baianos que eu amo fizeram o seu nome.
E eu não estou no meio artístico e na Educação fazer o nome é bem mais difícil.
Para conseguir Bolsa para pesquisa tem que estar vinculado a uma Faculdade.O funil se estreitou ainda mais no Campus de Assis, que não estão permitindo aos pedagogos a chance de fazer Pós nas áreas de História, Letras e outros cursos ministrados pelo Campus.(Vou lá conversar).
O que me resta?
Tirar essa vaidade da cabeça.Salum diria que só aquele que produz conhecimento pode escrever artigos sérios e que o rigor científico ficaria a cargo de um bom orientador ou orientadora.
Para ter orientador, devo estar em uma Pós ou em uma Graduação.
Pós, sim, graduação não.
A referência boa que ser professor ou professora, em termos de poder ser e poder estar vai se escoando lentamente.
Só mesmo ganhando na Loteria e comprando um espaço em um periódico. Brasileiro, é claro.




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