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sábado, 30 de maio de 2009

A Pedagogia do Amor

Teatro "Padre Enzo Ticinelli"
Bem, nunca estudei a Pedagogia do Amor para verificar quais são os seus fundamentos.Rubens Cruz parece conhecê-la. Quando citou Gabriel Chalita, no artigo que escreveu para o VT, concordarei quando ele pontua que algumas medidas tomadas na educação estragou muito o comportamento e a postura das crianças e posso até acrescentar que os professores perderam o (pouco) respeito que havia.

Imagino também que o amor não vai consertar deficiências de caráter, já que há esse condicionamento e o indíviduo não parece decidido a mudar.

Como secretário da Educação, implantou medidas que, se não foram bem recebidas pela maioria, contentou a minoria.

Estudar nunca é demais.Os cursos que os professores capacitadores da Secretaria ministraram durante o período da sua gestão foram de validade para aperfeiçoar a prática pedagógica de alguns docentes que , no início da carreira, se sentiam mais perdidos do que cachorro caído do caminhão da mudança.

Agradeço esse Professor que, me recebendo mal, me orientou de uma forma indireta e deu uma redimensionada na questão da disciplina, da organização, da seriedade que é estar em uma sala de aula, formando pessoas.

As suas viagens ao exterior me deram um ânimo, pois em um desses fragmentos que eu aprendi com o Cristiano, a Educação Comparada é um bela maneira de aperfeiçoar as práticas.

Rubens Cruz tem uma seriedade muito grande no que tange à Educação.Mostrou uma responsabilidade pelo seu ofício que foi além de estar no poder, de pisar nas pessoas, pelo cargo que ocupa.

Às vezes, ele fazia isso também.Mas os seres humanos tem alteração no comportamento toda vez que vão ocupar uma posição de mando que os distingue dos demais.

Mas a sua atenção e o seu carinho pela neta ou neto que nasceu, os seus monólogos no palco do Enzo Ticinelli que me convidavam à reflexão, o auê que ele fazia com as professoras com suas posições rígidas e cobranças me entusiasmaram.

Acredito que, Rubens Cruz se tentou me prejudicar, quis prejudicar o estereótipo que fizeram de mim, essa construção feita pelos preconceitos e pelo narcisismo das pequenas diferenças.

Da sua gestão, ficou no ar a rigidez dos costumes, o tradicionalismo do magistério, as identidades cristalizadas e (ao menos isso) o compromisso com a Educação.

Ele nunca enxergou a Patrícia que é de fato, uma Professora, não implicando assim, a questão da vocação,( na leitura sentimentalóide) de forma direta, que aposta na melhora da Educação na terra brasilis, como instrumento digno de evolução dos seres.

A evolução dos seres humanos não está contida nesse conjunto mental,psicológico e físico que sou eu.

É algo muito maior e muito mais sublime, algo que Paulo Freire pode enxergar e se isso me constitui, também é parte de mim e supera o que eu sou.

Como contraponto, o slogan da sua Secretaria: "O amor é o eterno fundamento da Educação".Se Cruz não acredita na Pedagogia do Amor, qual a razão desse slogan?

Cruz, como espelho, é um modelo perfeito de professor chato, mas que ensina muito.

Sempre aprendi mais com os meus professores chatos.

Mas de qualquer forma, não morro de amores por ele.












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