Morte de irmão de funkeiro: ataque cardíaco fulminante aos 17 anos de
idade
O funkeiro saiu da escola: recebe aulas particulares em casa que nunca
serão validadas pelo MEC, para fazer três shows por noite...
Mãe fechou clínica de estética e salão de cabeleireira para
viver na ribalta do filho, repito, com três shows por noite.
Uma violência simbólica, segundo o olhar de um sociólogo ou
de um psicólogo de respeito que não quisesse vender a alma ao Dinhabo: Dinheiro
e diabo.
Criança ( adolescente) de 15 anos que canta versos inspirados de dar
inveja a Camões a José de Alencar:
“O bonde passou, as novinha observou...” “Elas qué, elas
qué...”
O que será que elas querem? Um corpo que nem saiu da
puberdade e tem as características de um corpo infantil?Ou uma mente que ainda
está construindo seu conjunto de valores e concepções?
Um Camaro branco que não é propriedade do funkeiro , que
precisa pagar salário para todas as pessoas que fazem parte da sua produção? Uma
criança pagando o salário da mãe ao motorista?
Ou uma multidão de pré adolescentes que esquecem das lições
da escola para ficar ouvindo aquelas “músicas de trabalho”, com mensagens
subliminares e exaltação ao erotização precoce? Bem como a vida da ostentação,
onde um cubículo em São Paulo, vizinho das favelas custa mais de quinhentos
reais tirando as despesas com mercado,
luz , água, roupas, etc e etc...
Ou a mídia que fica três horas explorando a morte (da criança) do
adolescente, de causa misteriosa com suspeita de ter bebido muito energético e
falando do AMOR e da SOLIDEZ envolvendo os familiares.
Terei que avisar ao autor que falou dos cinco minutos de
fama que todo mundo teria que isso está
ficando caro demais...Há jovens morrendo envolvidos por essa loucura que queima
todas as etapas de um desenvolvimento saudável da vida em fases...
Ou pedir ao Chapeleiro maluco:
_PARE O MUNDO QUE EU QUERO DESCER!
(Energético, ecstasy, pó, maconha, cerveja, noites sem dormir, exploração da alma, do corpo, das vontades, caminhos sem volta, exploração, exploração, exploração... cala a boca, chapeleiro, foi só um todinho...)
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