A CARTA DE DEUS
Quando eu era menina...
sete anos de idade, fui escolhida para
responder as cartas do meu avô de uma cidade do interior para São Paulo.
Meu avô sempre começava as cartas dele com muita
formalidade e eu procurava adequar o ditado da minha mãe para aproximar da
formalidade dele, com minha letra de criança.
São recordações de ternura e da importância da palavra para
ser dita ao mundo. Naquele momento, a minha palavra, a minha letra, viajava milhares
de quilômetros para amainar a saudade que nunca cessou, porque a distância não
foi vencida e ele partiu há tempos.
Desde aquela época, eu fiquei assim, crendo na possibilidade
de comunicação do maior para o menor, do macro para o micro, do poderoso para o
humilde, e vice-versa.
Mamãe tem uma letra redondinha, parece letra de criança.
Tinha vergonha de escrever, porque não admitia erros em sua escrita. Hoje, ao
escrever para uma Campanha religiosa do Padre Robson, concede o direito de
errar ao desculpar-se, mas a letrinha ainda se derrama sobre o papel, caprichosamente,
um exagero de redonda.
A escrita é feita de símbolos gráficos a quem chamamos de
letras e Deus, esse doce Desconhecido, quis ter uma mãe e quis também escrever
uma carta para a humanidade.
Utilizou-se de vários escribas e foi tecendo sua manhã,
mostrando os mistérios da união entre Ciência e Religião, Antropologia, um
tratado de Filosofia, a fusão entre o Humano e o Divino. Demasiadamente humano
e demasiadamente divino. Em Cristo, encontramos a chave para a nossa natureza
de anjo caído e de Deuses homens feitos a
imagem e semelhança de Deus.
Não pretendo encontrar uma Igreja para servir ao Senhor. A
Igreja de Cristo está no meu coração e no meu intelecto, por paradoxal que isso
seja.
Acredito no Sincretismo religioso. O Espírito sopra onde
quer.
Então, sincretismo é agir
como os cretenses agiam, unir coisas dispares, apesar das diferenças, a favor
do que é semelhante (cretenses eram, antes das diferenças, cretenses).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sincretismo
Ademais, da diversidade das
doutrinas, não é bom que os líderes religiosos se digladiem entre si. É
necessário o consenso, acolher os ateus e os agnósticos, os céticos, até ser
dia claro.
Até Jesus brilhar no coração
e no entendimento.
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