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sábado, 19 de março de 2011

Creche, um espaço possível de educação



Creches com o viés assistencialista é o que tem observado as pesquisadoras do núcleo de Psicologia da FCT UNESP, de Assis.


Apesar de demonstrarem que há documentos por Rosemberg et all, que mostram um novo patamar no atendimento oferecido em creches, apontam ainda a preponderância do atendimento precário em creches, uma vez que ali o ideário higienista ainda domina.

Dentre estas publicações destaca-se Política Nacional de Educação Infantil e Por uma Política de Formação

do Profissional de Educação Infantil, ambas divulgadas em 1994.

Neste último, encontra-se no artigo de Maria Malta Campos “Educar e Cuidar: questões sobre o perfil do Profissional de Educação Infantil”, apontamentos bastante interessantes.(Yazille et all, 2009).

Como o estudado no Curso de Habilitação de Magistério para a Educação Infantil, a ética do cuidado em creches está agora atrelada a possibilidade de educar, entendendo que a criança, desde a mais tenra idade é um sujeito que absorve elementos educativos, e que a educação orientada e com objetivos claros farão por esse educando progressos nas suas habilitações e aptidões.

Tornam-se necessários esclarecimentos a respeito do perfil desse educador ou educadora e a melhoria de seus salários, para que a creche seja um espaço onde haja mais profissionalismo se desvinculando do ideário higienista e até mesmo doméstico em que estão inseridas as práticas nas creches do Brasil.

Cuidar e educar, segundo as autoras devem ser binômios e devem ser observados de modo indissociável e integrado.

Kramer enfatiza em um documento Por uma política de formação do Profissional de Educação Infantil

Se a educação infantil fundamenta-se no binômio

educar/cuidar, a formação de seus profissionais deve

também pautar-se nele. A conjugação destas atividades,

bem como o preparo para exercê-las,precisa

necessariamente despir-se de uma visão hierarquizada

das atividades de educar e cuidar, uma vez que ambas

partilham de igual importância no cotidiano da

educação infantil (BRASIL, 1994, p. 78).

Afetividade, maternagem, amor já não são suficientes para cuidar e educar esse educando ou educanda que encontrarão um mundo que lhes exigirá bem mais do que um viés paternalista e maternal.

Fonte: " A presença de idéias higienistas e compensatórias na formação de professores da Educação Infantil"

Elisabeth Gelli Yazlle e Juliana G. D. Fernandes, PUC/ UNESP, 2009
Disponível em:
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/5522/4017

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