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sexta-feira, 23 de abril de 2010

A criança interior

“ Mais do que nunca, é preciso dar luz a esses seres iluminados que ocupam almas e corações. Crianças interiores que habitam castelos, vales, montanhas edificados quando ainda arquitetávamos sonhos.” (Gabriel Chalita, Pedagogia do Amor)




A criança interior



Hoje já estou chegando a fase a maturidade,perto da idade da loba.

Mas quando eu me olho no espelho, eu vejo o meu rosto redondo de criança e a esperança brilhando em meus olhos, como se eu fosse uma criança.

Sou mais para o doce do que para o salgado. Amo chocolate e a comida das almas;

Quem me ensinou a fazer a comida das almas foi a Nina Horta, que escreve na Folha de São Paulo;

Macarrão cabelo de anjo e muita manteiga.A alma tristinha encontra conforto ao saborear essa comida.Dá uma sensação de acalanto, de colo de mãe.

E eu com as minhas crianças, todas elas, como o James que está na 6ª série da escola estadual, e que me vê hoje e vem me abraçar e me dizer que está com saudades.



Logo está namorando.Se já não está;

E a minha alma de criança encontra guarida ao lado das outras almas, perfeitas crianças.

Adoro pintura de guache.

Faz aquela bagunça. As diretoras ficam de cabelo em pé. Será que vai dar tempo de limpar tudo isso?

No fundo, apesar da minha alma madura, a minha criança interior está viva;

E isso é muito bom.

Eu não regrido ao me permitir ser criança. Eu me permito,sem culpas,permanecer na nuvenzinha cor de rosa dos sonhos de criança;

Mas eu sei que sou adulta e que tenho que cuidar e maternar as outras crianças;

A mãezinha de um aluno entrou em trabalho de parto hoje.

Foi embora mais cedo.

E eu olhei o rostinho feliz, brilhando de felicidade, segurando a bandeira nacional, feliz por ser escolhido;

E pedi a Deus que abençoasse aquela criança que eu amo (um tipo doce de amor) e que mudasse a vida dele para melhor;

Hoje eu me senti plena de luz e de amor.

Foi um dia especial, para mim e para a minha criança interior.

Obrigada, meu Deus. Obrigada pelo Amor, pelo despretensioso amor, sem exigências que me une aos educandos.

Obrigada por suavizar a minha alma e redescobrir a força de ser feliz ,quebrando os grilhões da amargura e perdoando.

Sou imensamente feliz pois faço uma criança sorrir.

E isso não tem preço;

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