O utilitarismo da função docente na Universidade e os objetivos da apropriação do conhecimento pelos educandos
O utilitarismo é funcional nesse mundo capitalista."Conhecer" o mundo ,como meta acadêmica, somente é uma possibilidade que se esgota em si, já que perde o seu sentido, pois no mundo real há contas a pagar e filhos para criar.
Até os professores universitários os tem.A ação pedagógica de prover ensino somente para a classe abastada, não tem nada de superior em si, já que é tão ou mais capitalista ou reducionista quanto a idéia de proletarização das Universidades.
"Transformar" o mundo tem um sentido mais objetivo é útil a medida que essa transformação seja racional.Ser útil e ter utilidade são males necessários ao sistema.
O acesso ao conhecimento erudito e o domínio das formas superiores de ser, estar e pensar, não deve ser restrito só aos bem nascidos.
Os mal nascidos, os favelados disputam o mesmo espaço que os de elite.
A massa famélica, faminta, pode invadir os campos protegidos pelos muros e grades dos selecionados e bem nutridos.
Então, todos serão homens e mulheres, humanos demasiado humanos, numa disputa geopolítica sangrenta.
Talvez aí resida o perigo do discipulado dos gestores de favelas.
Quando essa disputa acontecer,o ato não acontecerá na Universidade com ares de circo,será na arena.
E na arena ( romana ou espanhola) estão os touros irracionais. É matar ou morrer.
Prestemos atenção ao homem (espécie humana, descontada a exclusividade da relação de Gêneros).
Prestemos atenção nesse espaço que é a Universidade que se proletarizou com uma pitada de arte circense.
É nesse campo que nascem que nascem os conflitos originários das rupturas.
E são nas rupturas que a práxis tem elemento fértil.
Lembremos de Rosseau: " Viver é o ofício que quero ensinar saindo de minhas mãos, ele não será, concordo, nem magistrado, nem soldado, nem padre, ele será primeiramente um homem".
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