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domingo, 6 de setembro de 2009

Desigualdade social, algumas reflexões


Uma idéia interessante com Gilberto Dimeinsten




Existe a idéia de que baixo capital humano (pouca educação) gera baixo capital social (frágeis redes de solidariedade entre os indivíduos) o que explica, em boa parte, por que ainda somos tão desiguais e tão violentos.”.
Essa frase foi retirada de um site de Gilberto Dimeinsten. Conheci suas idéias na Faculdade com a Profª Yoshie Ussami Ferrari Leite.
Um artigo dele sobre a necessidade de produzir prazer na sala de aula, o prazer de educar e o prazer de aprender.
É problemático pensar em ter e gerar prazer na sala de aula, dada a situação que a professora e o professor brasileiros vivem.
Existem outras idéias mais interessantes no seu site.
Essa semana buscarei construir um conhecimento sobre a minha perspectiva sobre esse artigo de Dimeinsten que está contido no “Aprendiz”.
Essas idéias tratam do binômio baixa escolaridade e número maior de filhos.O autor analisa da seguionte forma: quanto mais filhos os pobres tem, maior a probabilidade de formar marginais.


Menos filhos, menos violência



A informação mais importante da pesquisa do IBGE que acaba de ser divulgada é a redução brusca do número de filhos das mulheres com baixa escolaridade. Se na década de 1970, mulheres com menos de três anos de escolaridade tinham em média 7 filhos, agora passou 3 -- e continua caindo. É uma boa notícia para quem está preocupado com a violência urbana.Há uma série de causas para a violência --e uma delas é a desestruturação familiar. Ou seja, a dificuldade ou até total incapacidade dos pais cuidarem de seus filhos, gerando um ciclo de marginalidade. A combinação de menos filhos por família com aumento da oferta de serviços públicos, especialmente educação (e desde a creche e pré-escola), é uma receita óbvia para termos sociedades mais integradas e, portanto, menos violentas. Até porque significam família com mais estudo e renda.Essa tendência ainda pode ser acelerada com programas de prevenção da gravidez em comunidades mais pobres como as favelas, onde, segundo estimativas, a média está acima dos três filhos por mulher.

2 comentários:

s.rodrigues disse...

O problema principal, a meu ver, na questão do trinômio - baixa escolaridade das mães-maior número de filhos-aumento da marginalidade, reside no fato de que as mães pobres são obrigadas a deixarem seus filhos serem criados nas, e educados pela rua, gerando um ciclo vicioso. Se á mãe resta a opção de deixar o filho na rua,por falta de escolas de período integral atraentes para a criança, a esta a rua parece bem mais divertida e interessante que as escolas, ambientes repressores e disseminadores de preconceito. Na rua a criança pertence a algo; na escola,ela é marginal.
E esse paradoxo é resultado direto do tipo de mentalidade da nossa sociedade. Como diria o Pasquale Cipro Neto, é isso

s.rodrigues disse...

Ainda mais uma coisa, a respeito desse Dimeinstein: onde ele foi buscar a ideia de que quanto menor nivel de escolaridade, maior a fragilidade das redes de solidariedade? Só se ele está falando que, para os ricos, que têm bons niveis escolares,seja dificil estabelecer laços de solidariedade com aqueles que não têm, mas aí, ora essa, ele está chovendo no molhado, isso já é público e notório, que teórico do absoluto nada!